Bomba! Bomba!
O Jornal do Brasil estampa na primeira página de hoje uma informação quente e exclusiva:

Escândalos antecipam o debate eleitoral de 2006

Correção da correção da correção
Correção todo jornal faz. Mas o Jornal do Commercio do Rio conseguiu pelo menos dois fatos inéditos nesta semana. Na sexta-feira, a seção Correção publicou uma, er, correção dela mesma:

O presidente da Petros é o economista Wagner Pinheiro, que assumiu em 13 de fevereiro de 2003, e não em 13 de fevereiro último, conforme publicado nesta sessão na página A-15 de ontem. [Explicação: dois dias antes, o jornal havia informado que o presidente da Petros era o também economista Carlos Flory, que ocupara o cargo anteriormente.]

O quase inacreditável é que, em matéria também publicada na sexta, o pobre Wagner Pinheiro é citado como presidente não da Petros, mas da Funcef (fundo de pensão da Caixa Econômica Federal). Por isso, neste sábado, Pinheiro tem a honra de estrelar a seção Correção do jornal pela terceira vez em uma única semana:

Na matéria “Ampliada quebra de sigilo de fundos de pensão”, publicada na página A-10 da edição de ontem, estão invertidos os nomes dos presidentes da Petros e da Funcef. (…)

Anatomia
Do caderno Ilustrada, da Folha, também na terça: “Uma mulher de 20 anos teve de ser levada a um hospital após ter quebrado os ossos do tornozelo do pulso durante um show dos Rolling Stones em Boston (EUA), no último domingo”.

Em código
A Folha permanece, infatigável, na missão de levar mais criatividade aos títulos de suas páginas de esporte. No alto da D1 de terça, o jornal paulista dá mais um exemplo de como ser diferente – mesmo que quase ninguém entenda:

Inspirado em Ronaldo R9, Robinho R7 já prepara R10

Duras épocas
Os evangélicos têm fome. Dramático foi o final da tarde e início da noite do dia 19 de junho. Vésperas do registro definitivo das candidaturas no TSE.
Apartamento do deputado Paulo Rocha (PT-PR). Lá estão Lula, José Dirceu, José Alencar, Gilberto Carvalho e o presidente do PL, deputado Waldemar Costa Neto.
Na conversa, uma presença significativa: Delúbio Soares, tesoureiro nacional do PT. Motivo: para fazer a aliança com o PT, o PL quer uma ajuda.
Waldemar argumenta que, longe dos partidos e fontes tradicionais de arrecadação, sem o auxílio financeiro habitual, o partido não teria como bancar a campanha de seus candidatos nos estados.
Os números giram em torno dos R$ 10 milhões. O acordo emperra. Lula se irrita, pede a José Alencar:
— Essa é uma conversa entre partidos, se eles pedirem pra você, não dê nada.

(…)

Quando já se marcava com a TAM o retorno imediato para São Paulo, Waldemar Costa Neto chama Dirceu de volta ao quarto. Onde continuava o tesoureiro Delúbio. José Alencar foi junto. José Dirceu e Delúbio voltaram com a notícia que, sabe-se hoje, mudaria os rumos da sucessão presidencial:
— Tudo bem, toparam – informou Dirceu.
— Fechou – desabafou Delúbio.

O texto bem que podia ser da bombástica edição da Época, lançada às pressas na sexta-feira passada, devido à importância de seu conteúdo. Mas é da Carta Capital.

De 30 de outubro de 2002.

[Veja a nota no Blue Bus.]

Problema educacional
O Jornal Hoje exibiu, nesta sexta, matéria sobre o problema da merenda em escolas públicas na volta às aulas. Em estabelecimento de Alagoas, a situação é preocupante: “Na cozinha, por exemplo, o fogão e o freezer não funcionam. O prédio está sem água encanada e os poucos produtos que restam na despensa estão com o prazo de validade vencido desde outubro do ano passado.”

A imagem da etiqueta em um pacote comprovava a gravidade do problema: 04-08-04.